A
História da Eletricidade - Episódio 1 de 3 - Faísca
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A História da Eletricidade - Ep. 1 - Faísca
Esse documentário desvenda a jornada que levou a
humanidade à era da eletricidade.
- A História da Eletricidade -
Ep. 1 - Faísca
- A História da Eletricidade
- Ep. 2 - A Era da Invenção
- A História da Eletricidade
- Ep. 3 - Revelações e Revoluções
No início do século XIX, em um porão em Mayfair,
o cientista mais famoso da época, Humphry Davy, fabricou um dispositivo
elétrico extraordinário.
Quatro metros de largura, o dobro em comprimento
e contendo blocos fétidos de ácido e metal, criado para gerar mais eletricidade
do que jamais fora possível.
Era a maior pilha elétrica que o mundo já vira.
Com ela, Davy estava prestes a nos levar a uma nova era.
Esse momento aconteceria em uma palestra na
Royal Institution, diante dos melhores de Londres.
Cheios de expectativa, eles ocupavam os
assentos, esperando testemunhar uma nova e emocionante maravilha elétrica.
Eles veriam naquela noite algo verdadeiramente
original. Algo que se lembrariam pelo resto de suas vidas.
Utilizando apenas duas hastes simples de
carbono, Humphry Davy liberaria o verdadeiro potencial da eletricidade.
A eletricidade é um dos fenômenos mais incríveis
da natureza, e sua manifestação mais poderosa que já vimos é o raio.
Esta é a história de como imaginamos controlar
esta força fundamental da natureza, e como acabaríamos nos tornando seu mestre.
É uma história de 300 anos de ideias deslumbrantes e experiências
extraordinárias.
Milhares de volts atravessaram o corpo dele até
a extremidade da lâmpada que ele segurava.
É uma história de gênios heterodoxos que usaram
a eletricidade para iluminar nossas cidades, para se comunicar através dos
mares e do ar, para criar a indústria moderna e nos dar a revolução digital.
Mas neste episódio, contaremos a história dos
primeiros cientistas que começaram a revelar os mistérios da eletricidade.
É como se houvesse algo vivo dentro. Eles
estudaram a sua ligação curiosa à vida, construíram poderosos e estranhos
instrumentos para criá-la e até sobrepujaram o próprio raio. Foram esses homens
que estabeleceram as bases do mundo moderno. E tudo começou com uma faísca.
Choque e Temor - A História da Eletricidade Episódio
1 - Faísca
Imagine o nosso mundo sem eletricidade. Ele
seria escuro, frio e silencioso. Em muitos aspectos, seria como o início do
séc. XVIII, onde a nossa história começa. Esta é a Sociedade Real em Londres.
No início do séc. XVIII, após anos ignorado,
Isaac Newton finalmente assumiu a sua liderança após a morte do arqui-inimigo,
Robert Hooke.
Newton trouxe seus apadrinhados para os
principais cargos, para ajudar a apoiar sua nova função.
O novo chefe do setor de demonstrações era
Francis Hauksbee, de 35 anos.
Registros da Sociedade Real, em 1705, revelam o
quanto Hauksbee tentou imprimir sua personalidade nas sessões semanais, criando
experiências cada vez mais espetaculares para impressionar seus mestres.
Em novembro, ele surgiu com isto: Uma esfera
giratória de vidro. Ele foi capaz de retirar o ar de dentro dela usando uma
nova máquina, a bomba de ar. Em sua máquina, uma manivela permitia-lhe girar a
esfera. Uma a uma, as velas da sala foram apagadas e Francis colocou sua mão
sobre a esfera. A plateia estava prestes a ver algo incrível.
Dentro da esfera de vidro, começou a se formar
uma estranha luz etérea, dançando em torno da mão dele.
Uma luz jamais vista. Isso é fantástico. Vemos um
belo brilho azul, está marcando a forma das minhas mãos, e depois percorrendo a
bola.
É como se houvesse algo vivo dentro. É difícil
entender por que esta luz azul dançante representou tanto, mas temos de pensar
que, na época, fenômenos naturais como este eram vistos como obra do Todo
Poderoso.
Era um período em que, mesmo na teoria de Isaac
Newton, Deus intervinha constantemente na condução do mundo.
Para muitos, fazia sentido interpretar os
fenômenos naturais como atos de Deus.
Assim, quando um mero mortal interferia na obra
de Deus, isto estava além da compreensão racional.
Hauksbee nunca compreendeu a importância de sua
experiência. Ele perdeu o interesse na esfera brilhante e passou os últimos
anos de sua vida criando experiências cada vez mais espetaculares para Isaac
Newton testar suas outras teorias.
Ele nunca percebeu que, involuntariamente,
iniciou uma revolução elétrica.
Antes de Hauksbee, a eletricidade era uma mera
curiosidade. Os gregos antigos friccionavam o âmbar, que eles chamavam de elétron,
para obter pequenos choques.
Até a rainha Elizabeth I ficou maravilhada com o
poder da eletricidade estática em erguer penas.
Mas agora a máquina de Hauksbee produzia
eletricidade com o girar de uma manivela, e podia-se vê-la.
Talvez ainda mais importante, sua invenção
coincidiu com o surgimento de um novo movimento que se disseminava pela Europa,
chamado Iluminismo.
Os intelectuais iluministas usavam a razão para
questionar o mundo e seu legado foi a política radical, arte iconoclasta e
filosofia natural, ou ciência.
Mas, ironicamente, a nova máquina de Hauksbee
não foi imediatamente aceita pela maioria dos intelectuais, mas por
ilusionistas e mágicos de rua.
Quem tinha interesse na eletricidade
autodenominava-se "eletricista". Uma história fala de um jantar com a
presença de um conde austríaco. O eletricista tinha colocado algumas penas
sobre a mesa e depois eletrificou um bastão de vidro com um lenço de seda.
Ele surpreendeu os convidados levantando as
penas com o bastão. Depois, ele passou a se eletrificar usando uma das máquinas
elétricas de Hauksbee. Ele aplicou choques elétricos nos convidados, que
provavelmente gritaram de prazer.
Mas, para seu melhor número, ele colocou um copo
de conhaque no centro da mesa, eletrificou-se de novo e o inflamou com uma
faísca da ponta do seu dedo. Havia um truque chamado a beatificação elétrica,
no qual a vítima sentava em uma cadeira isolada e acima de sua cabeça pendia
uma coroa de metal que não chegava a tocar a sua cabeça.
Quando a coroa era eletrificada, obtinha-se uma
descarga elétrica em torno dela que se assemelhava a uma auréola, por isso
chamava-se beatificação elétrica.
À medida que Inglaterra e a Europa ficavam
alucinadas pela eletricidade, os espetáculos ficavam maiores.
Os eletricistas mais curiosos começaram a fazer
perguntas mais profundas, não apenas sobre como tornar os shows maiores e
melhores, mas como poderíamos controlar este poder incrível.
E para alguns, poderia esta chama elétrica fazer
mais do que apenas entreter? Uma das primeiras descobertas nunca teria
acontecido se não tivesse sido por um terrível acidente.
Esta é a Charterhouse, no centro de Londres. Nos
últimos 400 anos, tem sido uma casa de caridade para jovens órfãos e idosos. Em
algum momento da década de 1720, também tornou-se o lar de Stephen Gray.
Stephen Gray era um exitoso tintureiro de seda
da Cantuária.
Ele estava habituado a ver faíscas elétricas
saltarem da seda e elas o fascinavam.
Infelizmente, um acidente incapacitante encerrou
sua carreira, deixando-o na miséria.
Depois, ele recebeu uma chance de vida nova em
Charterhouse e tempo para realizar suas próprias experiências elétricas.
Aqui em Charterhouse, possivelmente nesta sala,
o Grande Gabinete, Stephen Gray construiu uma estrutura de madeira e na haste
superior ele pendurou dois balanços usando corda de seda.
Ele também tinha um aparelho como este, uma
máquina Hauksbee, para gerar energia estática.
Com uma grande plateia presente, ele pôs um dos
órfãos que viviam aqui para se deitar entre os dois balanços.
Gray colocou algumas folhas de ouro na frente do
órfão. Depois, ele gerou eletricidade e eletrificou o garoto por uma barra de
ligação. Folhas de ouro, até penas, saltavam rumo aos dedos do garoto.
Alguns espectadores afirmaram ter visto faíscas
saindo dos seus dedos. Puro espetáculo.
Mas para a mente curiosa e inquisitiva de
Stephen Gray, isto também significava outra coisa...
a eletricidade podia se mover, da máquina para o
corpo do garoto, através de suas mãos.
Mas a corda de seda a detinha.
Significava que o misterioso fluido elétrico
poderia propagar-se por algumas coisas...
...e outras não.
Isso levou Gray a dividir o mundo em dois
diferentes tipos de substâncias.
Chamadas isolantes e condutoras.
As isolantes detinham a carga elétrica em seu
interior não a deixavam passar, como a seda, o cabelo, vidro e resina.
Enquanto as condutoras permitiam que a
eletricidade se propagasse, como o garoto ou metais.
É uma distinção fundamental até hoje.
Consideremos estas torres elétricas.
Elas funcionam sob o mesmo princípio deduzido
por Gray há quase 300 anos.
Os fios são condutores.
O vidro e objetos de cerâmica, entre o fio e o
metal da torre, são isolantes que impedem que a eletricidade saia dos fios para
a torre e depois ao solo.
Como as cordas de seda na experiência de Gray.
Na década de 1730, a experiência de Gray pode
ter aturdido todos que a viram, mas tinha um inconveniente frustrante.
Por mais que tentasse, Gray não podia conter a
eletricidade que gerava por muito tempo.
Ela passou da máquina para o garoto e acabou
rapidamente.
O próximo passo em nossa história surgiu quando
aprendemos a armazenar a eletricidade.
Mas isso não ocorreria na Grã-Bretanha, mas do
outro lado do Canal, na Europa continental.
Do outro lado do Canal, eletricistas estavam tão
ocupados quanto os britânicos e um centro para pesquisa elétrica ficava aqui em
Leiden, Holanda.
Foi aqui que um professor surgiu com uma
invenção ainda considerada por muitos como a mais importante do século XVIII,
que, de uma forma ou de outra, ainda pode ser encontrada em quase todo aparelho
elétrico atual.
O professor chamava-se Pieter van Musschenbroek.
Ao contrário de Hauksbee e Gray, Musschenbroek
surgiu na universidade.
Mas, ironicamente, sua descoberta não surgiu em
decorrência de sua ciência rigorosa, mas devido a um simples erro humano.
Ele tentava encontrar um meio de armazenar a
corrente elétrica, adequada às suas demonstrações.
Praticamente podemos ouvir sua linha de
pensamento enquanto ele tentava descobrir isso.
Se a eletricidade é um fluido que corre, como a
água, então talvez pudesse ser armazenada da mesma forma que a água.
Musschenbroek foi para seu laboratório tentar
criar um aparelho para armazenar a eletricidade.
Musschenbroek começou a pensar literalmente.
Ele pegou uma jarra de vidro e encheu com um
pouco de água.
Depois, ele inseriu dentro dela um fio
condutor...
que estava conectado pela parte superior a uma
máquina elétrica de Hauksbee.
Ele pôs a jarra sobre um isolante para ajudar a
manter a corrente dentro dela.
Depois, ele tentou inserir eletricidade dentro
da jarra produzida pela máquina e conduzida pelo fio até dentro da água.
Independente do que ele tentava, a corrente não
ficava dentro da jarra.
Então, um dia, por acidente, ele esqueceu de pôr
a jarra sobre o isolante, e a eletrificou enquanto ainda estava em sua
mão.
Por fim, segurando a jarra com uma mão, ele
tocou na parte superior com a outra e recebeu um choque elétrico tão forte, que
quase foi jogado ao chão.
Ele escreveu:
É uma nova mas terrível experiência, que aconselho
a jamais tentar. Nem eu que a executei e sobrevivi pela graça de Deus, voltaria
a repeti-la. Nem pelo reino da França.
Vou seguir o conselho dele, não tocarei na parte
superior, mas verei se consigo extrair uma faísca dela.
A força da eletricidade que saiu da jarra foi
maior do que tudo visto anteriormente.
E ainda mais surpreendente, a jarra conseguia
armazenar eletricidade por horas, até dias.
Em homenagem à cidade onde Musschenbroek fez sua
descoberta, ela foi chamada de jarra de Leiden.
E sua fama se alastrou pelo mundo.
Rapidamente, de 1745 até o final da década, a
notícia da "jarra de Leiden" tornou-se mundial. Espalhou-se do Japão,
na Ásia Oriental, à Filadélfia, no leste dos EUA. Tornou-se uma das primeiras
notícias científicas rápidas globalizadas. Mas embora a jarra de Leiden tenha
virado um fenômeno global elétrico, ninguém tinha a menor ideia de como ela
funcionava.
Tem-se uma jarra de fluido elétrico, e acaba-se
obtendo um grande choque dela ao permitir que fluido elétrico dirija-se para a
terra.
Por que o choque é maior se a jarra está
vazando? Por que o choque não é maior se todo o fluido elétrico permanecer
dentro da jarra? Foi assim que os filósofos elétricos de meados do século XVIII
encararam esse desafio. Eletricidade era, sem dúvida, uma maravilha fantástica.
Ela liberava choque e faísca.
Ela agora podia ser armazenada e mover-se.
Mas, o que ela era, como funcionava e por que
ela fazia tudo isso era um completo mistério.
Dentro de 10 anos, surgiria um avanço de alguém
inesperado, de um homem política e filosoficamente em guerra com a elite
governante londrina.
E ainda mais chocante para a elite elétrica
britânica, tal homem era um mero colono.
Um americano.
Esta pintura de Benjamin Franklin fica aqui na
Sociedade Real, em Londres.
Franklin era um defensor veemente da emancipação
americana que via a busca pela ciência racional, e, sobretudo pela
eletricidade, como meio de acabar com a ignorância, a idolatria e com seus
senhores intelectuais elitistas coloniais.
Isso estava misturado com uma profunda ideia
democrática igualitária que Franklin e seus aliados tinham, de que era um
fenômeno aberto a todos.
Era algo que a elite não compreendia mas que
eles poderiam compreender.
Algo que a elite não podia controlar, mas eles
podiam ser capazes de controlar.
Algo que era sobretudo fonte de superstição.
E eles, racionais, igualitários, e
potencialmente democratas intelectuais, seriam capazes de explicar, sem parecer
ser escravos da magia ou mistério.
Franklin decidiu usar o poder da razão para
explicar racionalmente o que muitos consideravam um fenômeno mágico...
o raio.
Esta talvez seja uma das mais famosas imagens
científicas do século XVIII.
Ela mostra Benjamin Franklin, o cientista
heroico, empinando uma pipa em uma tempestade, provando que o raio é elétrico.
Mas, apesar de Franklin ter proposto esta
experiência, é praticamente certo que ele nunca a realizou.
É mais provável que sua experiência mais
importante seja outra que ele propôs mas não executou.
Na verdade, ela sequer foi feita nos EUA.
Ela foi feita aqui, em um pequeno vilarejo ao
norte de Paris, chamado Marly La Ville.
Os franceses adoravam Franklin, sobretudo sua
política antibritânica, e eles se encarregaram de realizar sua outra
experiência com o raio, sem ele.
Eu vim ao local onde aconteceu tal experiência.
Em maio de 1752, George Louis Leclerc, conhecido
em toda a França como o conde de Buffon, e seu amigo Thomas François Dalibard
ergueram uma haste de metal de 12 m, com mais do dobro da altura desta,
sustentada por três aduelas de madeira, na porta da casa de Dalibard aqui, em
Marly La Ville.
A extremidade inferior da haste de metal estava
dentro de uma garrafa de vinho vazia.
A grande ideia de Franklin era de que a haste
comprida atrairia o raio, que desceria pela haste metálica e seria armazenado
na garrafa de vinho, que funcionava como uma jarra de Leiden.
Assim, ele poderia confirmar o que o raio
realmente era.
Seus seguidores franceses só precisavam esperar
por uma tempestade.
Então, em 23 de maio, o céu desabou em chuva.
Às 12h20, um estrondoso trovão foi ouvido
enquanto o raio atingia o topo da haste.
Um assistente correu até a garrafa, uma faísca
saltou entre o metal e o dedo dele com um barulho alto e um cheiro de enxofre,
queimando a sua mão.
A faísca revelou o que o raio realmente era.
Ele era idêntico à eletricidade criada pelo
homem.
É difícil não enfatizar a importância deste
momento.
A natureza tinha sido dominada, não apenas isso,
mas a própria ira de Deus tinha sido subjugada ao controle da humanidade.
Era uma espécie de heresia.
A experiência de Franklin foi muito importante
porque mostrou que as tempestades de raios produzem ou são produzidas pela
eletricidade e que podemos subjugar essa eletricidade, que ela é uma força da
natureza à espera de ser explorada.
Em seguida, Franklin voltou a sua mente racional
para outra questão.
Por que a jarra de Leiden produzia as maiores
faíscas quando segurada na mão? Por que toda a eletricidade não escapava? Ao
explorar sua experiência como um empresário bem-sucedido, ele viu algo que mais
ninguém vira.
Que como o dinheiro em um banco, eletricidade
podia estar em crédito, que ele chamou de positiva, ou em débito, negativa.
Para ele, o problema da jarra de Leiden era de
contabilidade.
A ideia de Franklin era de que todo corpo tinha
em torno de si uma atmosfera elétrica.
E de que havia quantidade natural de fluido
elétrico ao redor de cada corpo.
Se houvesse muito, chamaríamos de positivo.
Se houvesse muito pouco, de negativo.
E a natureza era organizada para que o positivo
e o negativo estivessem sempre equilibrados, como uma economia ideal americana.
A ideia de Franklin era de que a eletricidade
era apenas carga positiva fluindo para anular a carga negativa.
E acreditava que esta ideia simples resolveria o
mistério da jarra de Leiden.
Conforme a jarra é eletrificada, a carga
elétrica negativa desce pelo fio até a água.
Se a jarra estiver sobre um isolante, uma
pequena quantia se acumula na água.
Mas se a jarra for segurada por alguém enquanto
está sendo eletrificada, a carga elétrica positiva sobe pelo seu corpo a partir
do solo até o exterior da jarra, tentando anular a carga negativa dentro.
Mas as cargas positivas e negativas são
impedidas de se anularem pelo vidro que atua como isolante.
Em vez disso, as cargas só fazem aumentar em
ambos os lados do vidro.
Assim, tocar a parte superior da jarra com a
outra mão, forma um circuito, permitindo que a carga negativa no interior passe
pela mão até a carga positiva do lado de fora, finalmente anulando-a.
O movimento da carga produz um grande choque e
muitas vezes uma faísca.
O equivalente moderno da jarra de Leiden é
isto...
o capacitor.
É um dos componentes eletrônicos mais comuns.
É encontrado em toda parte.
Há diversos capacitores espalhados por esta
placa de circuito de um computador.
Eles ajudam a amenizar os surtos de energia,
protegendo componentes sensíveis, mesmo nos circuitos elétricos mais modernos.
Resolver o mistério da jarra de Leiden e
identificar o raio apenas como um tipo de eletricidade foram dois grandes
êxitos de Franklin e do recente movimento iluminista.
Mas as forças dos negócios e do comércio, que
ajudaram a fomentar o Iluminismo, estavam prestes a apresentar um novo e ainda
mais desconcertante mistério elétrico.
Uma espécie totalmente nova de eletricidade.
Este é o Canal da Mancha.
Nos séculos XVII e XVIII, boa parte da riqueza
mundial passava por esta faixa de água vinda de todos os cantos do império
britânico e além, a caminho de Londres.
Especiarias da Índia, açúcar do Caribe, trigo da
América, chá da China.
Mas, é claro, não era apenas o comércio.
Novas plantas e espécimes animais de todo o
mundo chegavam a Londres, incluindo um que fascinava particularmente os
eletricistas.
Chamado de peixe torpedo, era objeto de
histórias de pescadores.
Dizia-se que seu ferrão era capaz de derrubar um
adulto.
Mas, quando os eletricistas começaram a
investigar o ferrão, notaram que ele parecia estranhamente similar ao choque
causado pela jarra de Leiden.
Será que o ferrão era um choque elétrico? No
início, muitos classificaram o torpedo como ocultismo.
Alguns disseram que era apenas a mordida do
peixe.
Outros que não podia ser um choque pois, sem uma
faísca, não era eletricidade.
Mas, para a maioria, era um novo mistério bem
estranho e inexplicável.
Seria preciso um dos mais estranhos e geniais
personagens da ciência britânica para começar a desvendar os segredos do
torpedo.
Esta é a única imagem existente do
patologicamente tímido, mas excepcional, Henry Cavendish.
Ela só existe porque um artista desenhou seu
casaco pendurado em um cabide, e depois inseriu o rosto com base na lembrança.
A família dele era incrivelmente rica.
Eles eram os Devonshire que ainda são donos do
Chatsworth House, em Derbyshire.
Henry Cavendish decidiu ignorar a riqueza e
status de sua família para viver em Londres perto de sua amada Sociedade Real
onde ele poderia continuar tranquilamente com sua paixão pela ciência
experimental.
Ao saber do peixe torpedo elétrico, ele ficou
intrigado.
Um amigo escreveu para ele...
"Quanto a isso, minha primeira experiência
do efeito do torpedo, "eu exclamei que sem dúvida é eletricidade.
"Mas como?" Para desvendar como um ser
vivo poderia produzir eletricidade, ele decidiu fabricar seu próprio peixe
artificial.
Este é o projeto dele.
Duas jarras de Leiden em formato de peixe
enterradas na areia.
Ao tocar-se na areia, elas descarregavam,
proporcionando um choque desagradável.
O modelo ajudou a convencê-lo de que o
verdadeiro peixe torpedo era elétrico.
Mas ainda havia um problema inquietante.
Embora os peixes real e o artificial de
Cavendish proporcionassem choques elétricos fortes, o peixe real não faiscava.
Cavendish ficou perplexo.
Como poderia ser o mesmo tipo de eletricidade se
elas não faziam as mesmas coisas? Cavendish passou o inverno de 1773 em seu
laboratório tentando chegar a uma resposta.
Na primavera, ele teve uma ideia.
A resposta genial de Cavendish foi identificar
uma distinção sutil entre a quantidade de eletricidade e a sua intensidade.
O peixe real produzia o mesmo tipo de
eletricidade.
Ela só era menos intensa.
Para um físico como eu, isto representa um
divisor de águas.
É o momento em que duas ideias científicas
inovadoras surgem por acaso.
O que Cavendish se refere como a quantidade de
eletricidade, hoje chamamos de "carga elétrica." Sua intensidade é o
que chamamos de diferença de potencial ou "tensão." O choque da jarra
de Leiden era de alta tensão, mas de baixa carga, enquanto o do peixe era de
baixa tensão e alta carga. E é possível mensurar isso.
Escondido no fundo deste tanque, debaixo da areia,
está o torpedo marmoreado, uma arraia elétrica. Conseguimos ver apenas seus
olhos saindo da areia.
Esta é uma fêmea adulta, eu vou tentar medir a
eletricidade liberada com esta isca.
O peixe está ligado a uma haste de metal
conectada a um osciloscópio para ver se consigo medir a tensão quando ela pegar
a presa.
Lá vai! Um choque! Mais um.
O peixe liberou um choque de cerca de 240 volts,
a mesma energia da rede elétrica, mas ainda cerca de 10 vezes menor que a jarra
de Leiden.
Isso teria me dado um choque bastante
desagradável só posso tentar imaginar o que deve ter sido para os cientistas do
século XVIII testemunharem isso.
Um animal, um peixe, produzindo sua própria
eletricidade.
Cavendish mostrara que o peixe torpedo criava
eletricidade mas ele não sabia se era o mesmo tipo de eletricidade feita por
uma máquina elétrica.
O choque elétrico produzido pelo torpedo é o
mesmo produzido por uma máquina elétrica? Ou existem dois tipos? Um tipo gerado
artificialmente ou existe uma eletricidade animal que só existe em corpos
vivos? Esse foi um grande debate que dividiu opiniões por décadas.
Desse debate aguerrido surgiu uma nova
descoberta.
A descoberta de que a eletricidade não precisava
ser um choque ou faísca breve, mas poderia ser contínua.
E a geração de eletricidade contínua acabaria
nos levando à nossa era moderna.
Mas o próximo passo na história da eletricidade
surgiria devido a uma atroz rivalidade pessoal e profissional entre dois
acadêmicos italianos.
Esta é a Universidade de Bolonha, uma das mais
antigas da Europa.
No final do século XVIII, a cidade de Bolonha
era governada pela Roma papal.
A universidade era poderosa, mas conservadora em
seu pensamento.
Ela estava mergulhada no cristianismo
tradicional, em que Deus governa a Terra do céu e que a forma de Ele reger o
mundo era oculta para nós, meros mortais, que não foram feitos para
compreendê-Lo, somente para servi-Lo.
Um dos maiores destaques da universidade era o
anatomista Luigi Aloisio Galvani.
Mas, em uma cidade vizinha, um eletricista rival
estava prestes a criticar severamente Galvani.
Esta é Pavia, a apenas 240 km de Bolonha, mas no
final do século XVIII, eram separadas politicamente. Ela fazia parte do império
austríaco o que a colocava no centro do Iluminismo europeu. Liberal em seu
pensamento, politicamente radical e obcecada com a nova ciência da
eletricidade. Ela também era o lar de Alessandro Volta.
Alessandro Volta não podia ser mais diferente de
Galvani. De uma antiga família da Lombardia, ele era jovem, arrogante,
carismático, mulherengo e adorava polêmica.
Ao contrário de Galvani, ele gostava de exibir
suas experiências em um palco internacional para qualquer público.
As ideias de Volta não estavam tolhidas pelo
dogma religioso de Galvani.
Como Benjamin Franklin e o Iluminismo europeu,
ele acreditava na racionalidade, que a verdade científica, como um deus grego,
derrotaria a ignorância.
A superstição era a inimiga. A razão era o
futuro. Os dois eram fascinados pela eletricidade. E ambos aplicaram a ela as
suas visões de mundo distintas.
Galvani se interessou pelo uso da eletricidade
em tratamentos médicos.
Por exemplo, em 1759, aqui, em Bolonha, a
eletricidade foi usada nos músculos de um homem com paralisia.
Um relato dizia:
Foi ótimo ver a
mastoide rotacionar a cabeça, o bíceps dobrar o cotovelo. Em suma, ver a força
e vitalidade de todos os movimentos ocorrendo em todos os músculos paralisados
submetidos ao estímulo. Galvani acreditava que esses tipos de exemplos
revelavam que o corpo funcionava usando eletricidade animal, um fluido que
corre a partir do cérebro, através dos nervos, até os músculos, onde é
transformado em movimento.
Ele criou uma série de experiências macabras
para provar isso. Primeiro, ele preparou um sapo. Ele escreveu:
O sapo está sem pele
e vísceras. Restaram apenas os membros inferiores, contendo apenas os nervos
crurais. Eu deixei o meu sapo praticamente intacto, mas expus os nervos que se
ligam às pernas do sapo.
Ele usou a máquina elétrica de Hauksbee para
gerar carga eletrostática, que se acumula e desloca por esta haste e sai por
este fio de cobre.
Depois, ele conectou o fio condutor da carga ao
sapo e um outro ao nervo logo acima da perna.
Vamos ver o que acontece. As pernas do sapo se
contraem com o contato. Aí está! Para Galvani, o que acontecia era que havia
uma entidade estranha e especial no músculo animal, que ele denominou
eletricidade animal. Não era como as demais. Era intrínseco dos seres vivos.
Mas, para Volta, a eletricidade animal cheirava
à superstição e magia. Ela não tinha lugar na ciência racional iluminista.
Volta via a experiência completamente diferente de Galvani. Ele acreditava que
ela revelava algo totalmente novo. Para ele, as pernas não estavam pulando como
consequência da liberação de eletricidade animal dentro delas, mas por causa da
eletricidade artificial externa. As pernas eram apenas sinalizadores.
Elas só se contraíam devido à eletricidade da
máquina de Hauksbee. Em Bolonha, Galvani reagiu furiosamente às ideias de
Volta. Ele acreditava que Volta havia cruzado o limite fundamental, das
experiências elétricas para o reino de Deus, o que equivalia à heresia.
Ter um tipo de espírito como a eletricidade,
produzi-la artificialmente e dizer que esse espírito, essa força de vida, que a
ação era a mesma produzida por Deus, que Deus havia posto num corpo vivo,
humano ou de um sapo, parecia um sacrilégio, porque eliminava o limite entre o
reino de Deus, do divino, e o reino mundano, do material.
Compelido por sua indignação religiosa, Galvani
anunciou uma nova série de resultados experimentais, que provaria que Volta
estava errado.
Durante uma de suas experiências, ele pendurou
sapos em um fio de ferro e viu algo totalmente inesperado.
Se ele conectasse um fio de cobre ao fio onde o
sapo estava pendurado, e, depois, tocasse a outra ponta do cobre no nervo...
parecia que ele podia contrair as pernas do sapo
sem nenhuma eletricidade.
Galvani chegou à conclusão de que devia haver
algo dentro dos sapos, mesmos mortos, que continuava por um tempo após a morte
produzindo algum tipo de eletricidade.
E os fios de metal de algum meio liberavam essa
eletricidade.
Nos meses seguintes, as experiências de Galvani
concentraram-se em isolar essa eletricidade animal utilizando combinações de
sapo, metal, jarras de Leiden e máquinas elétricas.
Para Galvani, essas experiências eram prova que
a eletricidade originava-se de dentro do sapo. Os músculos do sapo eram jarras
de Leiden, armazenando fluido elétrico e depois liberando-o em uma explosão. Em
30 de outubro de 1786, ele publicou suas descobertas em um livro, "De
Animali Electricitate", Da Eletricidade Animal.
Galvani estava tão confiante em suas ideias, que
mandou um exemplar do seu livro para Volta.
Mas Volta não conseguia aceitar a ideia de
eletricidade animal de Galvani.
Ele achava que a eletricidade devia vir de um
outro lugar.
Mas de onde? Na década de 1790, aqui na
Universidade de Pavia, quase certamente neste auditório, que ainda ostenta seu
nome, Volta começou sua busca pela nova fonte de eletricidade.
Suas suspeitas se concentraram nos metais que
Galvani usara para contrair as pernas do sapo.
Sua curiosidade foi despertada por um fenômeno
estranho com o qual ele se deparou, com o sabor das combinações dos metais.
Ele descobriu que se pegasse duas moedas
metálicas distintas e as colocasse na ponta de sua língua, e, depois, pusesse
uma colher de prata em cima de ambas...
Ele sentiria uma sensação de formigamento,
parecido ao obtido da descarga de uma jarra de Leiden.
Volta concluiu que poderia saborear a
eletricidade e que ela devia vir do contato entre os metais distintos nas
moedas e colher.
Sua teoria contrariava a de Galvani.
A perna do sapo contraía, não devido à sua
própria eletricidade animal, mas porque ela estava reagindo à eletricidade dos
metais.
Mas a eletricidade que suas moedas geravam era
incrivelmente fraca.
Como ele poderia torná-la mais forte? Então, uma
ideia ocorreu a ele ao revisitar os trabalhos científicos do grande cientista
britânico, Henry Cavendish, e, sobretudo, a sua famosa obra sobre o peixe
torpedo elétrico.
Ele observou mais de perto o peixe torpedo e,
sobretudo, o padrão repetitivo de cavidades em suas costas.
Ele imaginou se esse padrão repetitivo continha
o segredo do seu poderoso choque elétrico.
Talvez cada cavidade fosse como as suas moedas e
colher, cada uma gerando uma pequena quantidade de eletricidade.
E, talvez, o choque poderoso do peixe resultasse
do padrão de cavidades sucessivamente repetido.
Com confiança crescente em suas novas ideais,
Volta decidiu revidar construindo sua própria versão artificial do peixe
torpedo.
Ele copiou o peixe torpedo, repetindo seu
padrão, mas usando metal.
Eis o que ele fez.
Ele pegou uma placa metálica de cobre, depois,
colocou sobre ela um pedaço de papelão embebido em ácido diluído.
Depois, sobre isto, ele pegou outro metal e
colocou em cima.
O que ele tinha aqui era o mesmo dos dois fios
de Galvani.
Mas Volta repetiu o processo.
Ele estava construindo uma pilha de metal.
Na verdade, sua invenção ficou conhecida como
"pilha." Mas é o que ela podia fazer que foi uma revelação incrível.
Volta testou a pilha em si mesmo, pegando dois
fios, prendendo-os em cada uma das extremidades da pilha e pondo as outras
extremidades em sua língua.
Ele podia realmente saborear a eletricidade.
Desta vez, ela foi mais poderosa do que o normal
e constante.
Ele havia criado a primeira pilha.
A máquina não era mais elétrica e mecânica, era
apenas uma máquina elétrica.
Ele provou que uma máquina imitando o peixe
funcionaria, que o que ele chamou de eletricidade por contato de diferentes
metais podia funcionar, que ele considerou como seu golpe vitorioso na polêmica
com Galvani.
A pilha de Volta mostrou que é possível
desenvolver todos os fenômenos da eletricidade animal sem a presença de
animais.
Do ponto de vista de Alessandro Volta, parecia
que Galvani estava errado, não há nada especial na eletricidade em animais.
Era eletricidade e ela podia ser totalmente
replicada por essa pilha artificial.
Mas a maior surpresa para Volta foi que a
eletricidade gerada era contínua.
Na verdade, ela fluía como água em um riacho.
E como em um riacho, onde a medida da quantidade
de água que flui é chamada de corrente, a eletricidade liberada pela pilha
ficou conhecida por corrente elétrica.
200 anos após Volta, finalmente compreendemos o
que é a eletricidade.
Os átomos dos metais, como todo átomo, possuem
elétrons carregados eletricamente em torno de um núcleo.
Mas em metais, os átomos compartilham seus
elétrons mais externos entre si e de forma singular, que significa que podem se
mover de um átomo a outro.
Se tais elétrons se moverem na mesma direção, ao
mesmo tempo, o efeito cumulativo é o movimento de carga elétrica. Esse fluxo de
elétrons é o que chamamos de corrente elétrica. Semanas após Volta publicar os
detalhes da sua pilha, cientistas descobriram algo incrível que ela podia
fazer.
Seu efeito na água comum era completamente
inesperado. O fluxo constante da carga elétrica à água a estava dissociando em
seus componentes, os gases, oxigênio e hidrogênio.
A eletricidade anunciava o início de uma nova
era. Uma era onde a eletricidade deixou de ser mera curiosidade e começou a ser
verdadeiramente útil.
Com o fluxo constante da corrente elétrica,
novos elementos químicos puderam ser isolados com facilidade.
E isso estabeleceu as bases da química, física e
da indústria moderna.
A pilha de Volta mudou tudo. A pilha transformou
Volta em celebridade internacional, festejado pelos ricos e poderosos. Em
reconhecimento, uma medida fundamental da eletricidade recebeu seu nome. O
volt.
Mas seu adversário científico não se saiu tão
bem. Luigi Aloisio Galvani morreu em 04 de dezembro de 1798, deprimido e na
pobreza. Para mim, não é a invenção da pilha que marca o ponto decisivo na
história da eletricidade, é o que aconteceu em seguida. O fato ocorreu na Royal
Institution de Londres.
Foi o momento que marcou o fim de uma era e o
início de outra.
Foi supervisionado por Humphry Davy, o primeiro
de uma nova geração de eletricistas. Jovem, confiante e fascinado pelas
possibilidades da corrente elétrica contínua. Assim, em 1808, ele construiu a
maior pilha do mundo. Ela ocupava uma sala inteira debaixo da Royal
Institution.
Tinha mais de 800 pilhas voltaicas individuais
conectadas. Ela devia sibilar e liberar gases sulfurosos.
Em uma sala escura, iluminada por tecnologia
secular, velas e lamparinas a óleo, Davy conectou sua bateria a dois filamentos
de carbono e juntou as duas extremidades. O fluxo contínuo de eletricidade da
pilha através dos filamentos cruzou a lacuna, dando origem a uma faísca
cintilante ofuscante e constante.
Da escuridão fez-se a luz.
O arco de luz de Davy simboliza verdadeiramente
o fim de uma era e o início da nossa era:
A era da eletricidade.
Mas esta história tem um final macabro. Em 1803,
o sobrinho de Galvani, Giovanni Aldini, veio a Londres com uma nova experiência
aterrorizante. Um assassino condenado, chamado George Forster, acabara de ser
enforcado em Newgate. Quando o corpo foi retirado da forca, foi trazido
diretamente ao auditório, onde Aldini iniciou sua obra macabra.
Usando uma pilha voltaica, ele começou a aplicar
uma corrente elétrica no cadáver.
Depois, Aldini colocou um condutor elétrico no
ânus do morto e o outro na parte superior da coluna.
O corpo morto e inerte de Forster sentou-se com
a coluna arqueada e torcida.
Por um instante, parecia que o cadáver tinha
sido ressuscitado. Parecia que eletricidade podia ter o poder da ressurreição.
E isso teve um impacto profundo em uma jovem
escritora chamada Mary Shelley.
Mary Shelley escreveu uma das mais poderosas e
mais duradouras histórias de todos os tempos.
Em parte passada aqui no Lago Como, Frankenstein
conta a história de um cientista, um galvanista provavelmente baseado em
Aldini, que dá vida a um monstro usando a eletricidade. E, depois, insatisfeito
com a própria arrogância, abandona a sua criação. Assim como a lâmpada de arco
de Davy, este livro simboliza novos tempos.
O fim da era dos milagres e do romance e o
início da era da racionalidade, indústria e ciência.
No próximo episódio...
E é essa nova era que vamos explorar no próximo
episódio, porque no início do século XIX, os cientistas notaram que a
eletricidade estava intimamente ligada a outra das forças misteriosas da
natureza...
o magnetismo.
E essa percepção transformaria completamente
nosso mundo.
46 comentários:
A História da Eletricidade. Episódio 1: Faísca.
Em um mundo iluminado inicialmente pela luz das velas, é espantoso o quanto a humanidade avançou e é ainda mais espantoso o quanto evoluirá.
Da escuridão fez-se a luz. Bastou uma simples faísca para que despertasse a curiosidade do desconhecido. Mentes brilhantes dedicaram anos de suas vidas para desvendar os mistérios da eletricidade e estabelecer as bases do mundo que conhecemos hoje.
Juchen, Fernanda
Turma 331
Desde os primórdios da humanidade, o homem sempre se mostrou argumentativo sobre diversos assuntos, entre eles a eletricidade, que hoje é responsável por tantas facilidades no mundo moderno.
Bastou apenas uma faisca para desfrutar das curiosidades da eletricidade.
Maiki Dalpozzo
Turma 331
O homem sempre procurou revolver os mistérios da eletricidade, o ponta pé inicial da história ocorreu no início do século XVIII,com a Faísca.Desde então físicos e estudiosos passaram querer cada vez mais conhecimento e foram evoluindo até chegar nos dias de hoje.
Sabemos que a eletricidade não vem de poucos anos atrás, e que não foi "inventada" ou descoberta do nada.
Foram vários estudos, testes, (choques), e uma grande evolução para termos o que temos hoje em dia.
Sabemos também que não foi só um homem que descobriu tudo sozinho, cada um teve uma pequena parcela.
Turma:332
A eletricidade é um termo geral que abrange uma variedade de fenômenos resultantes da presença e do fluxo de carga elétrica Esses incluem muitos fenômenos facilmente reconhecíveis, tais como relâmpagos, eletricidade estática, e correntes elétricas em fios elétricos. Além disso, a eletricidade engloba conceitos menos conhecidos, como o campo eletromagnético e indução eletromagnética.
"A eletricidade é um dos fenômenos mais incríveis da natureza, e sua manifestação mais poderosa que já vimos é o raio."
Isadora Reolon
Turma 331
Imagine nosso mundo sem eletricidade, ele seria escuro e sem vida. Vários estudos nos permitiram o conhecimento de tal fenômeno, o conhecimento a cerca desse fluxo elétrico nos permitiu o avanço de várias tecnologias. É incrível o quanto evoluímos na questão desse assunto, que hoje nos proporciona muitas comodidades e também facilita nosso cotidiano.
Iarla Cossul - 331
Aluno:Felipe Willian Pezzuol Turma:331
Todos sabemos que a energia foi descoberta a muito tempo porém com o passar dos anos foi se aprimorando a ponto de chegar a energia que temos hoje.
A História da Eletricidade. Episódio 1: Faísca.
Em um mundo iluminado inicialmente pela luz das velas, é espantoso o quanto a humanidade avançou e é ainda mais espantoso o quanto evoluirá.
Da escuridão fez-se a luz. Bastou uma simples faísca para que despertasse a curiosidade do desconhecido. Mentes brilhantes dedicaram anos de suas vidas para desvendar os mistérios da eletricidade e estabelecer as bases do mundo que conhecemos hoje.
Luiz Henrique Balensiefer - 331
Francis Hauksbee (1666-1713), aplicou o experimento de girar rapidamente uma esfera e a partir disso produzia eletricidade, em forma de luzes azuis, conhecido como Iluminismo. Foi o mais conhecido por seu trabalho em eletricidade e repulsão eletrostática. Este experimento recebeu o nome de Esfera Luminosa ou Máquina de Hauksbee.
Aluna: Letycia Stanga
Turma: 331
A eletricidade se tornou a principal fonte de luz, calor e força utilizada no mundo moderno. Atividades simples como assistir à televisão ou navegar na internet são possíveis porque a energia elétrica chega até a sua casa. Fábricas, supermercados, shoppings e uma infinidade de outros lugares precisam dela para funcionar. Grande parte dos avanços tecnológicos que alcançamos se deve à energia elétrica.
Paulo R. Müller Turma:331
O avanço da eletricidade é espantoso, sabemos que não foi do dia para a noite que se criaram estudos e pesquisas,levou algum tempo. E por isso hoje podemos desfrutar desse bem tão importante no nosso cotidiano, pois para quase tudo usufruímos da eletricidade.
Milena Balbinot - 331
Como seria viver sem eletricidade? Ela esta presente em nosso cotidiano, quando ascendemos uma lampada, assistimos TV/rádio entre outros. Pode ser definida como a parte da ciência que estuda o que ocorre graças a carga de energia nos átomos. A eletricidade ate hoje permitiu que o ser humano pudesse realizar os feitos utilizados.
Leticia S Zanetti
331
Cleisson dos Santos Turma:331
A eletricidade foi muito questionada para ser descoberta, imagine você na escuridão.Bastou uma simples faísca para que grandes descobertas.Por causa disso que temos um mundo cheio de inovações e facilidades.
Desde os primórdios da humanidade, o homem sempre se mostrou argumentativo sobre diversos assuntos, entre eles a eletricidade, que hoje é responsável por tantas facilidades no mundo moderno. Bastou apenas uma faisca para desfrutar das curiosidades da eletricidade. Foram Feitas várias pesquisas em relação a esse "fluído elétrico".
Cleiton Davóglio - 331
A eletricidade vem acarretando inúmeras mudanças em nosso cotidiano, a facilidade de locomoção e comunicação se dá em razão da grande evolução.A história da eletricidade iniciou desde o século XVIII,Robert Hooke foi a figura chave da articulação e desenvolvimento da revolução científica onde teve inicio a vários experimentos e outros estudiosos deram continuidade a taus.Sabemos que estamos cercados de objetos que podem ser utilizados como condutor de eletricidade sendo assim podemos ter a certeza que o mundo atual precisam de estudos para poder compreender melhor.
ALANA ALVES 331
A eletricidade é um fenômeno natural. Resulta da existência de cargas elétricas nos átomos que constituem a matéria. No núcleo dos átomos há cargas elétricas positivas fixas (prótons) e em torno do núcleo há cargas elétricas negativas móveis ( elétrons). È um assunto muito interessante para estudar, pois desperta a vontade de saber cada vez mais.
Alexandra Pellenz
Turma:331
A Eletricidade é um dos meios mais interessantes que nos rodeia. Pois gera inúmeras duvidas de como ela realmente surgiu, como funciona,etc... E muitos estudiosos tentar provar com teorias de onde ela surgiu, e de fato, através de pequenos acidentes não propositais, desvendaram segredos capazes de ter seu trabalho reconhecido pela sua pequena (descoberta, ou invenção) e depois varios estudiosos deram sequencia... e assim evoluindo ainda mais...
Como percebemos, a eletricidade passou por muitas evoluções, onde a tendência é só melhorar cada vez mais, gerando meios diferentes de gerar a eletricidade, meios de comunicação mais avançados, melhoramentos mais apropriados para gerações, e assim por diante.
assim com a ajuda desses cientistas entendemos a história da eletricidade e como foi descoberta, tornando um assunto muito interessante de ser estudado.
LETÍCIA B. DA CUNHA 331
A eletricidade é um termo geral que abrange uma variedade de fenômenos resultantes da presença e do fluxo de carga elétrica Esses incluem muitos fenômenos facilmente reconhecíveis, tais como relâmpagos, eletricidade estática, e correntes elétricas em fios elétricos. Além disso, a eletricidade engloba conceitos menos conhecidos, como o campo eletromagnético e indução eletromagnética. Gabriel Hanauer
A Garrafa de Leyden ou de Leiden, foi um experimento que possibilitou o armazenamento da eletricidade. Pieter Van Musschenbroek produzia energia através de uma máquina que estava ligada a um vidro com água por uma linha. Não deu certo nas primeiras vezes por estar em cima de um suporte isolante. Quando o suporte foi retirado o experimento deu certo, Pieter considerou um erro gravíssimo.
Aluno: Roberto Carlos Bassani
Turma: 331
A Garrafa de Leyden ou de Leiden, foi um experimento que possibilitou o armazenamento da eletricidade. Pieter Van Musschenbroek produzia energia através de uma máquina que estava ligada a um vidro com água por uma linha. Não deu certo nas primeiras vezes por estar em cima de um suporte isolante. Quando o suporte foi retirado o experimento deu certo, Pieter considerou um erro gravíssimo.
marcos klein 334
Há milênios o homem observa os raios e trovões nos dias de tempestade. Há cerca de dois mil e seiscentos anos, perto da costa ocidental do lugar que hoje conhecemos como Turquia. Havia ali uma cidade chamada Mileto, antiga colônia grega onde nasceu e viveu um homem curioso e culto, conhecido como Thales de Mileto, e que tinha curiosidade sobre um material em particular - uma resina oriunda das árvores nativas, conhecido como âmbar. No século VI a.C. Tales de Mileto observou a atração de palhas pelo âmbar quando atritado em certos tecidos. Os gregos naquela época já observavam faíscas causadas por atrito no âmbar, do grego elektron.
Thais Regina Carneiro - 332
Em 1705, Francis Hauksbee construiu uma máquina eletrostática. Porém naquela época pouco se conhecia sobre tal fenômeno, considerado pela maioria da população obras de Deus tendo uma explicação mais mística do que propriamente física. A máquina de Hauksbee consistia em bulbo de vidro com vácuo em seu interior no qual era rotacionada por uma manivela com uma das mãos. Devido ao atrito, quando a outra mão tocava a esfera ocorriam inúmeras e pequenas faíscas visualizadas em ambientes escuros.
Mônica Maldaner - 332
Pieter Van Musschenbroek conseguiu na cidade de Leiden uma maneira de armazenar a eletricidade, construindo uma garrafa cujo o interior continha água e um fio condutor suspenso que atravessava a parte superior da garrafa (tampa) e que era ligado à máquina de Hauksbee. Em uma carta Musschenbroek relata que por acidente recebeu um choque elétrico e que apesar da importância do experimento jamais repetiria. Em homenagem à cidade sede do experimento, Musschenbroek chamou-a de garrafa de Leiden.
Leticia Seibel - 332
Luigi Galvani se interessou pela eletricidade em tratamentos médicos, aplicando descargas em pacientes em membros com paralisia visualizando estímulos musculares. Galvani acreditava na eletricidade animal como uma entidade pré-existente em todos os seres vivos, diferente da eletricidade criada na máquina de Hauksbee. Galvani também demonstrou em sapos que ao aplicar eletricidade gerada pela máquina de Hauksbee nos membros do sapo, este apenas liberaria a eletricidade que nela já existia. Galvani também pendurou um sapo por fio de ferro e neste fio conectou um fio de cobre que por sua vez quando conectado ao sapo verificava movimento das pernas aparentemente sem uso algum de eletricidade.
Alessandro Volta tinha uma ideia bem diferente de Galvani. Para Volta a eletricidade não é liberada pelos membros do sapo, pois este não continha eletricidade, as pernas do sapo apenas sinalizavam a passagem da eletricidade. Para explicar o movimento das pernas do sapo sem o uso de eletricidade externa, Volta criou a primeira pilha acreditando que a resposta estava nos diferentes metais usados nos fios da experiência de Galvani.
Deise Bonamigo - 332
Imagine o nosso mundo sem eletricidade. Ele seria escuro, frio e silencioso. Isaac Newton finalmente assumiu a sua liderança os principais cargos, para ajudar a apoiar sua nova função. criando experiências cada vez mais espetaculares para impressionar seus mestres. Uma esfera giratória de vidro. Ele foi capaz de retirar o ar de dentro dela usando uma nova máquina, a bomba de ar. Em sua máquina, uma manivela permitia-lhe girar a esfera. Uma a uma, as velas da sala foram apagadas e Francis colocou sua mão sobre a esfera Dentro da esfera de vidro, começou a se formar uma estranha luz etérea, dançando em torno da mão dele.
Uma luz jamais vista. Isso é fantástico. Vemos um belo brilho azul
02 de Julho de 2016 Luis Gustavo turma 334
Desde os primórdios da humanidade, o homem sempre se mostrou argumentativo sobre diversos assuntos, entre eles a eletricidade, que hoje é responsável por tantas facilidades no mundo moderno. Mas nem sempre foi assim...
A História da eletricidade tem seu início no século VI a.C., na Grécia Antiga, quando o filósofo Thales de Mileto, após descobrir uma resina vegetal fóssil petrificada chamada âmbar, esfregou-a com pele e lã de animais e pôde então observar seu poder de atrair objetos leves como palhas, fragmentos de madeira e penas.
Os estudos de Thales foram continuados por diversas personalidades, como o médico da rainha da Inglaterra Willian Gilbert, que, em 1600, denominou o evento de atração dos corpos de eletricidade.
Também foi ele quem descobriu que outros objetos, ao serem atritados com o âmbar, também se eletrizam, e por isso chamou tais objetos de elétricos.
Luigi Galvani se interessou pela eletricidade em tratamentos médicos, aplicando descargas em pacientes em membros com paralisia visualizando estímulos musculares.
Para Volta a eletricidade não é liberada pelos membros do sapo, pois este não continha eletricidade, as pernas do sapo apenas sinalizavam a passagem da eletricidade.
Andrei Pellegrini - 332
Giovanni Aldini foi além. Ele viajava pelo interior com cabeças humanas, olhos e pernas. Tudo sendo devidamente eletrocutado de forma a causar comoção. Músculos da face mostravam expressões estarrecedoras e o medo sempre foi chamariz de pessoas sádicas que adoram ver atrações de horror. Aldini é considerado o "Pai de Frankenstein".
Aluna: Natália Cristina Mazzochio Boff
Turma: 331
Imagine o nosso mundo sem eletricidade. Ele seria escuro, frio e silencioso.
A eletricidade passou por muitas evoluções, onde a tendência é só melhorar cada vez mais. Com ela foi possivel obter meios de comunicação mais avançados, melhoramentos em diversas áreas e além disso resulta muitas vezes no comodismo , e assim por diante.
Galvani se interessou pelo uso da eletricidade em tratamentos médicos.
Por exemplo, em 1759, em Bolonha, a eletricidade foi usada nos músculos de um homem com paralisia.
Fernanda Primmaz
332
Imagine o nosso mundo sem eletricidade. Ele seria escuro, frio e silencioso.
A eletricidade passou por muitas evoluções, onde a tendência é só melhorar cada vez mais. Com ela foi possivel obter meios de comunicação mais avançados, melhoramentos em diversas áreas e além disso resulta muitas vezes no comodismo , e assim por diante.
Galvani se interessou pelo uso da eletricidade em tratamentos médicos.
Por exemplo, em 1759, em Bolonha, a eletricidade foi usada nos músculos de um homem com paralisia.
Fernanda Primmaz
332
Imagine o nosso mundo sem eletricidade. Ele seria escuro, frio e silencioso. Em muitos aspectos, seria como o início do séc. XVIII, onde a nossa história começa.
Imagine a vida sem eletricidade, e não apenas uma breve queda de energia. Nós todos sabemos como a vida torna-se inconveniente quando a eletricidade está fora por apenas algumas horas. Nossas casas e vidas se tornaram tão dependentes da eletricidade é difícil imaginar tudo o que mudaria sem ele.
Sara Straus
Turma : 334
Imagine o nosso mundo sem eletricidade. Ele seria escuro, frio e silencioso.
Laila Thalheimer 331
Em 1705, Francis Hauksbee construiu uma máquina eletrostática. Porém naquela época pouco se conhecia sobre tal fenômeno, considerado pela maioria da população obras de Deus tendo uma explicação mais mística do que propriamente física. A máquina de Hauksbee consistia em bulbo de vidro com vácuo em seu interior no qual era rotacionada por uma manivela com uma das mãos. Devido ao atrito, quando a outra mão tocava a esfera ocorriam inúmeras e pequenas faíscas visualizadas em ambientes escuros.
Giseli Knob
Turma : 332
Imagine o nosso mundo sem eletricidade,e le seria escuro, frio e silencioso.
A eletricidade passou por muitas evoluções, onde a tendência é só melhorar cada vez mais. Com ela foi possivel obter meios de comunicação mais avançados, melhoramentos em diversas áreas e além disso resulta muitas vezes no comodismo , e assim por diante.
Galvani se interessou pelo uso da eletricidade em tratamentos médicos.
Por exemplo, em 1759, em Bolonha, a eletricidade foi usada nos músculos de um homem com paralisia.
Aluna: Cristiane Gralow
Turma: 332
Um professor holandês chamado Pieter Van Musschenbroek, queria achar uma forma de armazenar a corrente elétrica, e conseguiu, descobriu algo, que pra muitos, foi a mais importante do século XVIII. Ele sabia que a água era um condutor de eletricidade, então encheu uma jarra com água, e inseriu um fio condutor*, que estava conectado pelaparte superior a uma máquina de Hauskbee, ele colocou a
jarra sobre um isolante, assim, tentou gerar eletricidade, produzida pela máquina e conduzida pelo fio até a água, a corrente não ficava na água. Num certo dia Musschenbroek se esqueceu de colocar o isolante sobre a jarra, e eletrificou a jarra com uma mão na parte superior sem perceber, então ele levou um grande choque.
Desta forma eledescobriu que a eletricidade poderia ser armazenada, ele ficou conhecido mundialmente pelo seu feito, porém, apesar de ser uma espetacular descoberta, a eletricidade ainda era um enorme mistério para todos.
Aluna:ana paula fronza
Turma:332
Nos dias de hoje, é impossível viver sem a energia. Usamos para aquecer o banho, na iluminação, para carregar o celular, assistir televisão, entre outros. Apesar disso, a eletricidade é fundamental para o desenvolvimento do mundo e da sociedade. Como o nosso alimento industrializado ou até mesmo os produtos eletrônicos que encontramos na nossa própria casa (microondas, geladeira).
Nos dias de hoje, é impossível viver sem a energia. Usamos para aquecer o banho, na iluminação, para carregar o celular, assistir televisão, entre outros. Apesar disso, a eletricidade é fundamental para o desenvolvimento do mundo e da sociedade. Como o nosso alimento industrializado ou até mesmo os produtos eletrônicos que encontramos na nossa própria casa (microondas, geladeira).
Foi.
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SARA CASTELHANO KLEINKAUF
DHJÉSSICA THAÍS HAAG CAYE;
DOLIRDE DE PAULA;
EDUARDA JORGE DIESEL;
LARISSA FINATTO MARTINAZZO.
DISCIPLINA: FÍSICA
PROFESSOR: JOÃO BATTISTELLA
3° ANO
TURMA: 331
ELETRICIDADE:
❖ ROBERT HOOKE: (1635-1703) foi um cientista inglês do século XVII, uma
das figuras chave da revolução científica. Construiu uma bomba de ar
moderna, que ajudou a formular a Lei de Boyle, e criou também a primeira
junta universal, que foi utilizada numa série de veículos. Robert Hooke
popularizou o uso do microscópio (obra: Micrographia, 60 imagens só
observáveis em microscópio composto). A Lei de Hooke (1678), diz que a
força gerada por uma mola é proporcional ao valor da sua compressão (ou
distensão), tendo em conta a posição de equilíbrio. O que quer dizer que as
deformações elásticas tendem a voltar para o ponto de equilíbrio.
❖ ISAAC NEWTON: (1643-1727) foi um cientista inglês. Seus trabalhos sobre a
formulação das três leis do movimento levou à lei da gravitação universal, a
composição da luz branca conduziram à moderna física óptica; na
matemática ele lançou os fundamentos do cálculo infinitesimal.
❖ FRANCIS HAUKSBEE: (1660-1713), foi um cientista inglês do século XVIII
mais conhecido por seu trabalho em eletricidade e repulsão eletrostática.
Criou uma esfera giratória de vidro que produzia uma luz etérea quando
tocada. Francis iniciou, indiretamente, uma Revolução Elétrica. Sua invenção
coincidiu com o surgimento do Iluminismo. A máquina de Hauksbee foi
usada, primeiramente, por ilusionistas/mágicos de rua (eletricistas).
❖ A ESFERA LUMINOSA OU MÁQUINA DE HAUKSBEE: Surgida em agosto
de 1705, a esfera luminosa foi uma criação de Francis Hauksbee.
Inicialmente ela era uma esfera giratória de vidro, sem ar em seu interior (
retirado usando uma nova máquina, a bomba de ar ), uma manivela permitia
girar a esfera e quando as velas se apagavam, gradualmente, uma luz etérea
de tom azul, a eletricidade, formava-se e enquanto percorria a esfera também
marcava a forma da mão de Hauksbee depositada sobre a mesma.
Ademais, marcou o início da revolução elétrica, coincidindo com o Movimento
Iluminista que se disseminava pela Europa.
❖ STEPHEN GRAY: (Canterbury, Dezembro de 1666 — Londres, 7 de
Fevereiro de 1736) Foi um físico e astrônomo amador inglês que, após um
acidente que o tornou incapacitado e o levou a miséria passou a viver em um
lar para órfãos e idosos, Charterhouse, onde teve tempo suficiente para
realizar seus experimentos e posteriormente, materializou a classificação das
substâncias como "isolantes" e "condutoras".
❖ PIETER VAN MUSSCHENBROEK: Em Leiden, Holanda, um professor surgiu
com uma invenção ainda considerada por muitos como a mais importante do
século XVIII, ele chamava-se Pieter van Musschenbroek e diferente dos
antecessores surgiu na universidade. Todavia, em 1746, sua descoberta se
deu por um simples erro humano, originando assim, a Garrafa de Leiden.
❖ GARRAFA DE LEYDEN OU LEIDEN: A "Garrafa de Leyden" é um
dispositivo que armazena cargas elétricas; foi o primeiro modelo de capacitor:
um componente de circuitos elétricos composto por duas placas separadas
por um dielétrico que armazenam cargas opostas.
A sua invenção é atribuída a Pieter van Musschenbroeck (1692 - 1761), docente
na Universidade de Leyden - Holanda foi usada nas primitivas experiências sobre
cargas elétricas. Uma típica Garrafa de Leyden consta de:
➔ uma garrafa de vidro com dois eletrodos: uma lâmina (tipo papel alumínio)
que forra a garrafa por dentro e uma outra que forra a garrafa por fora;
➔ o vidro é o dielétrico, o isolante que separa os dois eletrodos;
➔ uma haste metálica que atravessa uma rolha isolante que tem contacto com
o eletrodo interno.
A esfera na extremidade da haste e a lâmina metálica que envolve a superfície
externa constituem os terminais da Garrafa de Leyden.
A Garrafa de Leyden é eletrizada por contacto através da esfera;uma vez
carregada, os seus eletrodos ficam com iguais quantidades de cargas, porém de
sinais opostos. A quantidade de cargas que uma "Garrafa de Leyden" pode
acumular depende das suas dimensões; se elas descarregarem no ar faíscas de 1
cm - muito comum - a sua voltagem é cerca de 30.000 V. Por isso, elas são
"capacitores de alta tensão", porém de baixa corrente.
❖ BENJAMIN FRANKLIN: (1706-1790) foi um diplomata, escritor, jornalista,
filósofo político e cientista norte-americano. Assinou três documentos
principais na criação dos Estados Unidos: a "Declaração da Independência",
o "Tratado de Paz" e a "Constituição".
Fundou na Filadélfia uma Academia que mais tarde se transformou na
Universidade da Pensilvânia. Como cientista, investigou e interpretou o fenômeno
elétrico da carga positiva e negativa, estudo que levou mais tarde à invenção do
para-raios.
Para-raios:
Através de suas observações sobre eletricidade, ele descreveu os fenômenos de
cargas elétricas, considerando-as como positivas e negativas. Assim, num dia de
tempestade, acompanhado pelo filho, empinou uma pipa e conseguiu provar que os
raios podem ser atraídos, conduzidos através de um meio físico e neutralizados,
sem causar destruição.
Lentes bifocais:
Estas permitem enxergar tanto de perto quanto de longe. Conta-se que Benjamin
Franklin teve esta ideia quando estava lendo no campo e queria ver tanto de perto
quanto de longe sem precisar levar dois óculos na bolsa.
❖ EXPERIMENTOS DE FRANKLIN: Benjamin Franklin ficou muito conhecido
por sua contribuição para a área da eletricidade e seu interesse por esse
assunto foi despertado em 1746 (alguns locais falam que esse despertar
aconteceu em 1743). Nesse ano ele presenciou um experimento com
eletricidade em Boston e, a partir de então, passou a dedicar parte do seu
tempo para descobrir as particularidades da eletricidade.
Durante a década de 1740, a inventividade de Franklin resultou na criação de
objetos importantes, como um tipo de aquecedor e as lentes bifocais. Franklin
também rascunhou ideias a respeito de meteorologia.
Os estudos que Franklin conduziu na área da eletricidade foram diversos. Ele
concluiu que a energia elétrica tem uma carga negativa e positiva, estudou o
armazenamento de eletricidade e a sua condução por meio de objetos. A
contribuição mais importante de Franklin foi a sua descoberta de que os raios são
um fenômeno natural elétrico.
Em 15 de junho de 1752, Franklin, aos 46 anos, fez um experimento com uma pipa
durante uma tempestade. Ele fez a pipa subir aos céus por meio de um fio de metal
conectado a uma chave de metal. Ele conseguiu transferir a carga do fio de metal
para uma Garrafa de Leiden (um acumulador de carga elétrica) e concluiu que a
carga dos raios era como qualquer carga elétrica comum.
Depois desse experimento, ele desenvolveu o para-raios, demonstrando que duas
barras de metal conectadas ao solo poderiam atrair os raios e conduzir a energia
elétrica ao solo.
❖ LUIGI GALVANI: (1737-1798)foi um médico especialista em obstetrícia e
anatomia. Dedicou-se ao estudo da ação da eletricidade sobre o sistema
nervoso e muscular. Galvani observou atentamente as reações musculares
das rãs, sob a ação de estímulos elétricos, durante muito tempo.
Em 1780, Galvani e seus alunos, faziam experiências com uma rã morta, a cujo
nervo espinhal amarrou um fio de cobre e toda vez que os pés do animal tocavam
em um disco de ferro, percebiam que as pernas se contraíam violentamente.
Galvani explicou que o fenômeno surgiu como resultado de uma “eletricidade
animal”, que perdurava depois da morte.
❖ ALESSANDRO VOLTA: (1745-1827) foi o inventor da pilha voltaica. Em sua
homenagem o Congresso dos Eletricistas deu o nome de "volt" à unidade de
força eletromotriz.
Aperfeiçoou o eletróforo, uma máquina usada para gerar eletricidade estática, que
usou para descobrir muitas das leis que determinaram o funcionamento do hoje
conhecido condensador ou capacitor.
Dedicado à pesquisa de fenômenos elétricos, isolou o metano e desenvolveu o
audiômetro.
Em 1792, Volta iniciou suas pesquisas partindo das notas de Galvani sobre os
movimentos de contração da rã morta. Não estava convencido de que se tratasse
de “eletricidade animal”.
Volta ofereceu uma explicação mais plausível: a eletricidade, no caso, era produzida
pelo contato entre os dois metais - o cobre e o ferro - cujas cargas elétricas tinham
sido ativadas por um fator de desequilíbrio entre os seus potenciais elétricos. Ou
seja, por uma força eletromotriz.
Desenvolveu uma tábua de tensão divulgadas em 1793, referente aos metais. Suas
pesquisas levaram, em 1800, à criação da pilha, que construiu empilhando discos
de cobre e zinco, separados por algodão umedecido em ácido sulfúrico.
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